Ceará é destaque com projetos de energia
A redução de desigualdades e a ampliação do acesso dos pequenos produtores rurais a crédito serão os grandes focos dos projetos desenvolvidos pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) em 2022. Isso é o que afirma o superintendente da Sudene, general Carlos César Araújo Lima. E o Ceará faz parte desses planos, enfatiza. Nos grandes aportes dos fundos federais de desenvolvimento da Região, os projetos do setor de energia foram destaque em 2021. No Fundo do Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), 12 projetos cearenses receberam 38,5% de todo recurso aportado pelo funding no ano.
O superintendente destaca que a Sudene trabalha pela aprovação do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), que visa o planejamento de longo prazo para a Região. Araújo afirma que, ao ser aprovado, o PRDNE será o livro de cabeceira de todos que trabalham desenvolvimento regional no Nordeste nos próximos anos e, na sua gestão na Sudene, a análise de projetos já começa a levar em consideração essas diretrizes.
"Apoiamos entes privados, e temos dado prioridade a empresas que instalam negócios que mais beneficiem a comunidade dos municípios, que têm ações maiores aos municípios como contrapartida. Quanto mais elas contribuem, a prioridade dada é maior, assim como a possibilidade delas receberem financiamentos”, disse.
Quando falamos dos grandes projetos e atração de novos negócios para a Região, Araújo destaca as ações com incentivos fiscais e as iniciativas financiadas com recursos do Fundo do Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), em que o orçamento de 2021 foi R$ 3,06 bilhões. Segundo o superintendente, a ideia é que a Sudene também fortaleça seu papel de articuladora de investimentos na Região, mesmo que não envolva aplicação de recursos dos fundos federais.
Em relação ao FDNE, foram analisadas 81 consultas prévias, das quais 45 foram aprovadas no último ano. Destaque para os 12 projetos de empreendimentos de geração do setor de energia localizados no Ceará. De acordo com dados da Sudene, a perspectiva é de aporte total de R$ 2,04 bilhões no Estado através dos projetos, sendo R$ 1,18 bilhão oriundos exclusivamente do FDNE.
"No caso do FDNE, várias empresas estão instalando parques de produção de energias renováveis no Estado, e mantemos o foco nessas empresas de maior porte", enfatiza. Com relação aos projetos a serem desenvolvidos a partir da transposição do Rio São Francisco, o superintendente destaca que já há prospecções com empresas.
Araújo ainda ressalta que o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) definiu uma série de rotas produtivas, com as vocações de cada localidade da Região. "O objetivo é investir para que cada região desenvolva mais ainda o que ela já tem vocação em fazer. É aproximar dos pequenos produtores as indústrias que ficavam distantes e não tinham segurança para fazer investimentos no interior do Nordeste", concluiu.