Recifense surge como maior pagador de imposto no NE
A deputada estadual Priscila Krause (sem partido) e o vereador do Recife Alcides Cardoso (DEM) publicaram nas redes sociais, hoje, o ranking das capitais onde mais se paga tributos estaduais e municipais por habitante: conforme os dados compilados do Anuário Multicidades 2022, da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), o cidadão recifense lidera essa lista, tendo repassado aos cofres estaduais e municipais em média R$ 1.765,10 no ano de 2020.
Os dados incluem ICMS e IPVA no âmbito estadual e IPTU, ISS, ITBI, Taxas e Contribuição de Iluminação Pública no que se refere à Prefeitura do Recife. Depois do Recife, o ranking apresenta a seguinte ordem: São Luís (R$ 1.416), Aracaju (R$ 1.404), Natal (R$ 1.347), Salvador (R$ 1.273), João Pessoa (1.229), Teresina (R$ 1.169), Fortaleza (R$ 1.162) e, por último, Maceió (R$ 983).
De acordo com os dados compilados pelos parlamentares a partir da publicação da FNP, o maior volume de recursos pago pelo cidadão recifense diz respeito ao Imposto Sobre Serviços, o ISS, arrecadado pela Prefeitura (R$ 496,60/ano), seguido do Imposto sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, o ICMS, de responsabilidade do governo estadual (R$ 482,44) e do Imposto Predial e Territorial Urbano, o IPTU, também pago à administração municipal (R$ 304,65).
Para Priscila Krause, o ranking deixa claro que "a grande marca das administrações do PSB é a cobrança desenfreada” de impostos", tanto no governo estadual quanto na Prefeitura. “Há tempo que falamos que as gestões do PSB são eficazes em sufocar o cidadão com tributos cada vez maiores e isso fica claro nesse ranking que soma tantos os impostos estaduais aos municipais. O mais grave é que a qualidade dos serviços públicos é inversamente proporcional às cobranças, quanto mais se tira do bolso do recifense menos se dá em troca de qualidade de vida. É preciso derrubar esse império”, afirmou.
De acordo com o vereador Alcides Cardoso, o que mais impressiona no resultado é a diferença com as outras duas maiores capitais do Nordeste, Salvador e Fortaleza. “A gente fica ouvindo dos avanços em Salvador, em Fortaleza, e imagina que a receita per capita das duas cidades seja muito maior do que a do Recife, mas é justamente o contrário. O que se paga de IPTU e IPVA no Recife, por exemplo, é praticamente inviável para uma família de trabalhadores. É uma carga tributária que tem servido muito mais a um projeto de poder”, concluiu.