Coluna da quarta-feira
A sina do infante prefeito-viajante
Uma amiga, fonte deste blog, me confidenciou que o ex-governador Eduardo Campos considerava seu filho João, o infante prefeito-viajante, o mais afetuoso de todos. Achava Pedro o mais inteligente, mas tinha José como o mais parecido com ele. José hoje estuda Medicina. Eduardo gostava de dizer: “Esse José é o mais danado de todos, vai ser um grande líder político”.
Mas a verdade é que Eduardo não viveu para ver João virar prefeito do Recife e com isso deixou de ter a decepção de testemunhar um administrador ausente, que não liga para a cidade e só gosta mesmo é de viajar sem parar, ao lado de sua amada, a deputada federal por São Paulo, Tábata Amaral.
A propósito, pessoas que conhecem Tábata de perto consideram que ela é um vulcão político, tem a fixação absoluta de ser eleita prefeita da paulicéia desvairada em 2024, depois governadora do maior Estado do Brasil e em seguida presidenta da República. Ou seja, será que o infante prefeito-viajante tem o destino de virar um primeiro-damo bem-comportado e companheiro passivo da danada Tábata?
O lado bom disso: o filho mais afetuoso de Eduardo Campos vai cumprir sua sina de rapaz bem-comportado. E Pernambuco vai ter que esperar José Henrique Campos crescer para retomar a bandeira do pai, com as mesmas luzes intensas e vibrantes.
Pau no PT – A deputada Tábata Amaral (PSB-SP), que fez parte de grupo de "renovação política" patrocinado pelo bilionário Jorge Paulo Lemann, fez, recentemente, duro ataque ao Partido dos Trabalhadores, em jantar com empresários em São Paulo, no mesmo dia em que o PSB acertou a filiação de Geraldo Alckmin ao partido e afirmou que ele será indicado candidato a vice na chapa de Lula. Detalhe: ela estava ao lado do namorado João Campos, que é da cúpula da legenda e havia se reunido com o ex-governador algumas horas antes".
Lula e o MDB – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de um jantar com senadores na mansão do ex-presidente do Senado Eunício Oliveira (MDB-CE), em Brasília, segunda-feira passada. De acordo com aliados presentes, Lula usou o encontro para tentar atrair apoio do MDB à pré-candidatura à Presidência e sinalizar que está disposto a fazer alianças e compor um governo fora do PT e fora da esquerda.
Bolso e bucho – Segundo o jornal Estadão, do lado do MDB houve pedido para que o ex-presidente abandone o discurso para agradar a extrema esquerda e concentre a campanha em três pontos: "bolso, bucho e democracia", as principais fragilidades do presidente Jair Bolsonaro, seu principal adversário, que envolvem economia, inflação e ataques ao regime democrático.
CPI do Viagra – Líder do PSB na Câmara, o deputado federal Bira do Pindaré (MA) disse, ontem, que seu requerimento para a instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a compra de 35 mil comprimidos de viagra pela Defesa já possui 50 das 170 assinaturas necessárias. “Estamos empenhados em colher as assinaturas para a CPI do Viagra, como está sendo identificado, também pelo absurdo do uso de dinheiro público sem nenhum critério, e já temos 50 assinaturas", afirmou.
Insatisfação em Serra Talhada – Soube que o grupo do deputado federal Sebastião Oliveira em Serra Talhada torceu o nariz para o afago dado pelo Governo à prefeita Márcia Conrado (PT). Para apoiar o Coronel Danulo, pré-candidato do PSB ao Governo do Estado, o governador Paulo Câmara encheu os cofres de Conrado, liberando R$ 9 milhões. Danulo terá dificuldades em andar de braços dados com Sebá em Serra, a não ser que o Governo também adoce a boca dos aliados do parlamentar, que é líder do Avante na Câmara.
CURTAS
CASSAÇÃO – A Comissão de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou, ontem, por unanimidade, a cassação do mandato do deputado Arthur do Val (União Brasil), conhecido como “Mamãe Falei”. Ele teve áudios vazados dizendo que as mulheres ucranianas “são fáceis porque são pobres”. O caso será votado pelo plenário da Alesp como projeto de resolução –data ainda será marcada pelo presidente da assembleia, Carlão Pignatari (PSDB).
REAÇÃO À CPI – Na tentativa de frear a ofensiva da oposição, que tenta abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar denúncias de corrupção no Ministério da Educação, senadores governistas estão colhendo assinaturas para apurar supostas irregularidades durante os governos do PT e de Michel Temer (MDB). O mínimo necessário para a abertura de uma CPI no Senado são 27 subscrições.
Perguntar não ofende: O Palácio das Princesas virou balcão de negócios para a campanha do Coronel Danulo?