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Governo Raquel quer destituir deputado da CCLJ para impor derrota aos profissionais de Segurança

A governadora Raquel Lyra (PSDB) parece estar disposta a tudo para impor sua vontade e prejudicar a categoria dos servidores de Segurança Pública do estado. Diante da possibilidade de aprovação das emendas que buscam melhorar o Projeto de Lei que extingue faixas salariais para policiais militares e bombeiros, o governo estadual ameaça retaliar deputados que ousarem votar a favor de mudanças no projeto original – que, segundo parlamentares e representantes da PM e dos bombeiros, é uma “enrolação que não atende à demanda do setor”.

Depois de ter desarticulado a votação das emendas ao PL 1671/2024 na última reunião da Comissão de Constituição, Legislação e Justiça, na terça-feira, o governo tenta, mais uma vez, passar com um trator por cima do Regimento Interno da Assembleia Legislativa e destituir o deputado Romero Albuquerque da vice-presidência do colegiado, para alcançar o número suficiente de aliados e barrar a mudança no texto encaminhado pelo Palácio. Entre essas mudanças, os deputados tentam evitar que o Governo de Pernambuco arraste o fim das faixas salariais até 2026.

Para continuar negligenciando as necessidades e os direitos dos profissionais de Segurança, a gestão estadual enquadrou a liderança do União Brasil na Alepe, forçando o deputado Romero Sales Filho a pedir a cabeça do colega de partido na composição da principal comissão permanente da Casa. O Governo estaria ameaçando não dar o devido apoio aos parlamentares nas eleições deste ano, prejudicando o pleito em Ipojuca e em Araripina, base da deputada Socorro Pimentel, que, de acordo com o pedido enviado às pressas no fim da tarde de quarta-feira à Mesa Diretora, seria a substituta de Albuquerque na vice-presidência do colegiado.

A tentativa de intimidação é inédita no legislativo estadual. “O legislativo não pode se curvar à pressão autoritária do Governo do Estado. Essa é uma movimentação totalmente antidemocrática, despótica, que demonstra o completo desrespeito do governo pelo papel de um legislativo independente e pelos princípios fundamentais da democracia”, disse Romero, vítima das articulações da gestão.

“O governo coloca em jogo não apenas a minha posição na CCLJ, mas o voto de cada parlamentar que escolheu seu presidente e seu vice-presidente na comissão, os interesses da população e dos profissionais da segurança, comprovando, mais uma vez, não hesitar em submeter o interesse público aos seus próprios interesses políticos”, completou.

Em troca de telefonemas na busca por apoio, a governadora e representantes da gestão estariam reclamando de não haver orçamento para extinguir as faixas salariais de imediato, mas, em novembro do ano passado, a Assembleia aprovou R$ 115 milhões para a extinção das faixas na Lei Orçamentária Anual. Diante das negativas, a postura tem sido mais intimidadora.

Desesperado, o Governo tenta correr atrás do prejuízo e evitar a derrota na nova reunião da CCLJ, marcada para a próxima terça-feira. A relatora do projeto, deputado Débora Almeida, pediu a retirada da proposta da pauta, diante de um auditório repleto de agentes e familiares interessados na aprovação das emendas. Na ocasião, a deputada sequer deu acesso ao relatório com o seu parecer aos componentes da comissão.

“Repudio veementemente qualquer ato de autoritarismo do governo estadual e seus aliados”, Albuquerque disparou.

Jaboatão dos Guararapes - Ambulatório Escola

É dado como certo o afastamento da ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, do Governo Lula, para disputar a Prefeitura de Olinda, este ano. Luciana já esteve reunida com o presidente Lula, hoje, para uma primeira conversa e deve concluir as negociações até o final da próxima semana. A ministra está decida a deixar o ministério para concorrer, mais uma vez, à Prefeitura de Olinda pelo PcdoB.

Toca Jabô

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, hoje, que o presidente da França, Emmanuel Macron, constatou nos últimos dias que o compromisso do Brasil com o meio ambiente “não é retórico”. Os dois fizeram uma declaração à imprensa nesta tarde, no Palácio do Planalto, em Brasília. No Brasil desde terça-feira (26), Macron finalizou na capital federal a passagem pelo país. Antes, também visitou Pará, Rio de Janeiro e São Paulo.

Lula afirmou que, durante as viagens, o francês presenciou os esforços brasileiros para o desenvolvimento sustentável. “O presidente Macron pôde constatar pessoalmente que o nosso compromisso com o meio ambiente não é retórico. No último ano reduzimos o desmatamento ilegal na Amazônia em 50%, e vamos zerá-lo até 2030”, afirmou.

O petista também disse que a parceria entre Brasil e França está fortalecida. Nesta quinta, os dois presidentes assinaram mais de 20 acordos de cooperação entre os países, em áreas como meio ambiente, inteligência artificial, direitos humanos e igualdade de gênero. “O Brasil e a França estão decididos a trabalhar juntos para promover, pelo debate democrático, uma visão compartilhada de mundo”, disse.

“Uma visão fundamentada na prioridade da produção sobre a finança improdutiva, da solidariedade sobre o egoísmo, da democracia sobre o totalitarismo, da sustentabilidade sobre a exploração predatória”, continuou.

Lula também afirmou que “o Brasil rechaça categoricamente todas as manifestações de antissemitismo e islamofobia”. “Não podemos permitir que a intolerância religiosa se instale entre nós. Judeus, muçulmanos e cristãos sempre viveram em perfeita harmonia no Brasil, ajudando a construir o país moderno de hoje”.

Já Macron disse que existe uma “amizade recíproca” entre os dois países, citou o 8 de janeiro e disse que a Praça dos Três Poderes foi “maltratada por inimigos da democracia”. Lula também concedeu a Macron o Grande Colar da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, a mais alta condecoração brasileira atribuída a cidadãos estrangeiros. No fim da tarde, o presidente francês tem um encontro com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Petrolina - Melhor cidade para viver 2024

A pré-candidata à prefeita de Ipojuca pelo Partido Liberal (PL), Patrícia de Leno, fez uma declaração, hoje, onde afirmou que não lhe preocupa essa movimentação de apoios partidários para as eleições. “Isso já é coisa velha e da velha política, partidos se agrupam para querer participar e ocupar cargos no governo. Quero construir nosso projeto com o apoio popular, juntando pessoas que queiram o melhor para Ipojuca. Nesse sentido estaremos sempre de portas abertas para quem quiser o bem da cidade”, frisou Patrícia.

Patrícia também destacou que, a mensagem que quer levar para todos, também é a que o seu partido e ela defendem, a de valores como a defesa da família, da ética, de valorização das mulheres e da fé. Segundo ela, princípios inegociáveis.

Ipojuca - Minha rua top

Uma reunião na sede do Partido Democrático Trabalhista (PDT), no Recife, oficializou o apoio da tradicional sigla à pré-candidatura do prefeito de Petrolina, Simão Durando (UB), à reeleição. O encontro ocorreu hoje e contou com a presença do gestor petrolinense, do presidente estadual do PDT, Wolney Queiroz, além do deputado federal Fernando Filho (UB).

“Agradeço a Wolney Queiroz, ao presidente nacional Carlos Lupi e a todas as lideranças do PDT. Esse é um partido estratégico para nosso grupo e que nos ajudou a reescrever a história de Petrolina nos tempos recentes. É um dia muito especial no qual renovamos essa parceria que já deu certo com Miguel e agora vai seguir firme para que Petrolina continue em frente, com trabalho, força política e desenvolvimento”, agradeceu o prefeito Simão Durando.

Camaragibe Agora é Led

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, convidou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para visitar Israel uma semana após declarar Lula (PT) ‘persona non grata’. O convite, por carta, foi assinado em 26 de fevereiro de 2024. O atual presidente brasileiro, Lula, foi declarado ‘persona non grata’ em 19 de fevereiro após o petista comparar as ações de Israel na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus na Segunda Guerra.

Na carta, Netanyahu agradece o “apoio inabalável [de Bolsonaro] a Israel em arenas internacionais”. “Durante o seu mandato como Presidente do Brasil, as relações entre nossos dois países atingiram novos patamares. Guardo lembranças muito queridas da minha viagem ao Brasil e gostei muito de me encontrar com você”, diz a carta

Bolsonaro foi convidado alguns dias após pedir a devolução do passaporte, retido por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em 9 de fevereiro. Em 25 de fevereiro, Bolsonaro participou de um ato na Avenida Paulista, em São Paulo. Na ocasião, ele discursou em um trio elétrico no qual subiu exibindo a bandeira de Israel. O gesto não passou despercebido por Netanyahu.

Não foi o primeiro aceno do ex-presidente ao israelense. Alguns dias antes, Bolsonaro publicou um vídeo antigo em que, durante uma entrevista, defende a autonomia de Israel e afirma que gostaria de mudar a embaixada brasileira para Jerusalém. Em novembro de 2018, Bolsonaro disse que gostaria de fazer a mudança, porém, menos de uma semana depois, afirmou que a decisão não havia sido tomada.

A mudança de endereço da embaixada brasileira – que hoje fica na capital comercial de Israel, Tel Aviv – poderia criar embaraços ao Brasil diante da comunidade internacional. Mudar a sede brasileira da diplomacia com Israel para Jerusalém poderia ser interpretado pela comunidade internacional como um reconhecimento da Jerusalém Ocidental enquanto capital de Israel em detrimento da Jerusalém Ocidental, reivindicada por Palestinos como capital de um eventual futuro Estado Palestino.

Citi Hoteis

O Republicanos segue avançando pelo estado com filiações e pré-candidaturas. Ontem, o partido filiou o prefeito de Quipapá, Pité. Num grande ato político, o evento de filiação contou com a presença do presidente do partido em Pernambuco, Samuel Andrade, do presidente da Alepe, Álvaro Porto; entre outras lideranças locais.

“Pité é um excelente quadro e tem feito um ótimo trabalho no município. Não restam dúvidas que o povo de Quipapá, junto com o ministro Silvio Costa Filho, abraçaram esse projeto, marcado pela união e pelo comprometimento do desenvolvimento da cidade”, enalteceu Samuel Andrade.

No ato, o prefeito Pité agradeceu todo o apoio da população e lideranças. “O sentimento é de gratidão, por todo o apoio que recebo e se filiar no partido do ministro de Lula, Silvio Costa Filho é receber a soma da confiança de pessoas comprometidas com o bem de Quipapá”.

Cabo de Santo Agostinho - Refis 2023

O espetáculo teatral da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, realizado no Município do Brejo da Madre Deus, a 180 km do Recife, se prepara para receber um grande público neste feriado da Semana Santa. A temporada 2024, que começou no dia 23, encerra no próximo sábado. Até esta quarta-feira, cerca de 30 mil pessoas já haviam assistido à encenação.

A concentração de pessoas que vai a cidade teatro de Nova Jerusalém no feriado chamado de Sexta-feira Santa se deve ao fato de que a peça teatral atrai não só pessoas interessadas em entretenimento, mas também um público que vai ao município pernambucano por motivos religiosos.

Isso porque a peça teatral tem como temática a história dos últimos dias de Jesus, figura central do cristianismo. “Jesus é um personagem universal. É uma história que mexe com a fé de muita gente e vem mexendo com a minha fé, vem mexendo com a minha emoção”, afirma o ator Allan Souza Lima, que interpreta o papel de Jesus no espetáculo.

Segundo Robinson Pacheco, coordenador geral do espetáculo, as pesquisas mostram que a parcela do público atraída por motivos religiosos é de cerca de 30%. O que indica que a maior parte do público encara a Paixão de Cristo como entretenimento. Para Pacheco, a motivação que atrai a maior parte dos espectadores é na verdade a forma como a história de Jesus é contada.

“Todo o enredo se desenvolve em nove monumentais palcos plateia com uma arrojada cenografia que reproduz arruados, ruelas, grandes pátios e jardins da Jerusalém dos tempos de Jesus, como os cenários do Templo, do Fórum Romano, do Palácio de Herodes, da Via Sacra e do Monte do Calvário. Além disso, um rico figurino e efeitos especiais de última geração completam a grandiosidade do espetáculo”, afirma.

Segundo ele, a Paixão de Cristo de Nova Jerusalém não é apenas uma peça de teatro, é uma experiência que transcende o palco, envolvendo os espectadores em uma jornada espiritual e emocional que ressoa com os valores fundamentais da humanidade. “Isso tudo contribui para que o espetáculo seja uma das principais atrações turísticas de Pernambuco e do Brasil”, destaca.

Eduardo Cavalcanti, vice-presidente do Sindicato dos Hotéis de Pernambuco, afirma que a Paixão de Cristo contribui para movimentar o turismo em todo Pernambuco. Ele revela que as operadoras de turismo de outros estados trazem os visitantes que lotam os hotéis no Recife e outras cidades como Gravatá e Caruaru.

Uma das principais agências a apostar nesse filão comercializando pacotes com destino a Paixão de Cristo de Nova Jerusalém é a CVC que, todos os anos, realiza uma campanha maciça de divulgação por meio de suas lojas espalhadas pelo Brasil oferecendo transporte aéreo, traslado e hospedagem.

Neste ano em que completa 55 anos de história, o espetáculo traz em seu elenco principal, além de Allan Souza Lima, Mayana Neiva, fazendo Maria e Dalton Vigh, interpretando o governador romano Pôncio Pilatos.

No elenco de atores pernambucanos, as novidades são Eduardo Japiassu, que estreia no papel de Herodes, Fernanda Spíndola, como Herodíades e o veterano José Mário Austregésilo que retorna após 20 anos para fazer Anás. Também são destaques Marina Pacheco, no papel de Maria Madalena, José Barbosa, como Judas e Ricardo Mourão no papel de Caifás. A direção artística é de Lúcio Lombardi. Os ingressos para o espetáculo podem ser adquiridos pelo site www.novajerusalém.com.br em até 12 vezes no cartão. Os portões abrem às 16h e a apresentação tem início às 18h.

Caruaru - Geracao de emprego

Através da articulação da deputada federal e pré-candidata a Prefeita de Jaboatão dos Guararapes, Clarissa Tércio (PP), e do presidente nacional do Partido Progressistas, o senador Ciro Nogueira, o município de Jaboatão dos Guararapes receberá do Ministério do Esporte R$ 1,5 milhão, que será investido na construção de um complexo esportivo,

De acordo com Clarissa, será um equipamento que beneficiará a população, mas que, acima de tudo, levará esperança e cidadania para os jovens jaboatonenses. “A união de forças faz a diferença. Estou muito feliz com essa conquista, que contribuirá muito para a nossa cidade, gerando mais desenvolvimento, mais saúde e, claro, mais qualidade de vida para as pessoas. O esporte é uma importante ferramenta de transformação social e de cidadania, que muda a vida das pessoas, formando e levando perspectiva de futuro para os nossos jovens”, destacou Clarissa Tércio.

Belo Jardim - Patrulha noturna

Os deputados começam hoje o “folgão de Páscoa”, combinado com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Depois do expediente de segunda à quarta-feira da Semana Santa, eles só terão presença exigida em Brasília no dia 9 de abril. As informações são do portal Estadão.

Os congressistas acordaram que passarão em suas bases eleitorais a última semana da janela partidária, quando os vereadores podem trocar de legenda sem perder o mandato. Com isso, terão como articular as chapas locais para a corrida às prefeituras este ano.

Vitória Reconstrução da Praça

Saúde, segurança e infraestrutura. Essas foram as três áreas apontadas como os principais gargalos enfrentados pela população na edição do ‘Bora Mudar Jaboatão’ no Alto Dois Carneiros. “Uma demanda que, infelizmente, não se resume à localidade. São problemas inerentes a todos os bairros da cidade. A sensação é de que, hoje, o município retroage dia após dia por falta de liderança, de zeladoria”, observou o ex-prefeito Elias Gomes, pré-candidato do PT à Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes.

O Bora Mudar Jaboatão é uma plataforma de escuta popular que, desde o ano passado, tem promovido rodas de diálogo nas sete regionais da cidade para ouvir os moradores e debater propostas voltadas ao futuro do município. “Entre as principais queixas que ouvimos das pessoas no Alto Dois Carneiros estão a escalada da violência e, consequentemente, o aumento na sensação de insegurança; a precarização da saúde pública, com unidades de atendimento funcionando em contêineres e a constante falta de medicamentos; e a inversão de prioridades na infraestrutura, com uma gestão que vira as costas para a periferia e ignora os problemas de quem vive em áreas de risco”, disse Elias.

Ainda de acordo com o ex-prefeito, apesar de contar com o segundo maior Produto Interno Bruto (PIB) de Pernambuco e uma receita bilionária, a cidade atualmente registra os piores indicadores da última década. “Fruto de uma gestão que não dialoga. Temos nos articulado para unir forças com o governo do presidente Lula (PT) com foco no resgate do protagonismo do Jaboatão. É preciso dialogar e construir pontes em vez de muros”, pontuou Elias.

O governo pretende reduzir a conta de luz em 3,5% neste ano, com o pagamento dos empréstimos feitos pelas distribuidoras por conta da pandemia e da crise hídrica de 2021. A informação consta em minuta de medida provisória obtida pelo portal G1.

Para chegar a esse efeito de redução na conta, o governo quer antecipar pagamentos previstos na lei de privatização da Eletrobras e destiná-los ao pagamento da “conta Covid” e da “conta escassez hídrica”.

Essas contas são fruto de transações de emergência às distribuidoras para lidar com custos adicionais da pandemia – que gerou crise econômica e aumento da inadimplência – e da escassez hídrica entre 2020 e 2021, quando a falta de chuva obrigou as empresas a contratar energia mais cara.

Agora, o custo desses empréstimos tem sido uma parcela dos reajustes tarifários, com efeitos sobre a conta de luz.

A medida provisória também pretende solucionar o aumento da tarifa de energia do Amapá, que se tornou um problema político para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo interlocutores do governo, o texto está finalizado e aguarda publicação no Diário Oficial da União.

Poder360

O processo de licitação de R$ 1,3 bilhão para coleta de lixo em Salvador, capital da Bahia, contará com as mesmas empresas que hoje já prestam o serviço à prefeitura soteropolitana. A expectativa é que os contratos sejam mantidos com os atuais prestadores do serviço, pois não deve haver concorrência – ainda que o valor seja tão expressivo.

A reportagem apurou que 6 das 7 empresas que levaram a licitação de 2018 participam do processo atual. Duas têm ligações com políticos do Estado, como o ex-governador Paulo Souto (União Brasil) e o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil). A abertura dos envelopes com as propostas será na próxima segunda-feira.

Essas mesmas empresas que já fazem a coleta de lixo em Salvador, caso vençam novamente a licitação, terão uma grande vantagem: o contrato terá reajuste de 56% (muito acima dos 38% da inflação no período).

O contrato de R$ 1,3 bilhão terá duração de 2 anos e pode ser prorrogado por mais 3, segundo o edital. É composto por 3 lotes – os valores vão de R$ 27,2 milhões a R$ 738,8 milhões. Para o 1º lote, avaliado em R$ 548,3 milhões, há 4 interessados:

  • Jotagé Engenharia;
  • MM Consultoria Construções e Serviços;
  • Naturalle Tratamento de Resíduos;
  • Torre Construções.

Essas 4 empresas já administram um dos lotes oferecidos na licitação de 2018. O contrato com vigência até 2020 foi renovado por mais 4 anos. Clique aqui e confira a reportagem na íntegra. 

Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Emmanuel Macron, da França, devem debater em encontro, hoje, assuntos em que os dois países discordam no campo da política internacional, como o acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul e a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

Os chefes de Estado de Brasil e França se encontrarão no Palácio do Planalto, em Brasília, no terceiro dia de viagem pelo país do presidente francês, após Macron passar por Pará, Rio de Janeiro e São Paulo.

As dificuldades para concluir acordo entre o Mercosul e a União Europeia – negociado há mais de 20 anos, e travado por falta de consenso com países como a França – deverão ser uma das principais pautas no encontro entre os dois presidentes.

Interlocutores do governo francês ressaltam que Macron deverá explicar, pessoalmente, qual a posição da França – as razões e as motivações pelas quais não concorda com o texto atual. “Haverá explicações, mas nada de negociação”, dizem.

Série governadores: Eduardo Henrique Accioly Campos

Capítulo 21

Neto de Miguel Arraes, Eduardo Campos (PSB) chegou ao Governo de Pernambuco em 2007 transformando-se num verdadeiro “azarão” da campanha em 2006, que começou polarizada entre o governador Mendonça Filho (DEM), que disputava a reeleição, e o ex-ministro Humberto Costa (PT). “Azarão” porque quase não pontuava nas pesquisas, depois de transformar um “limão numa limonada” sua passagem no Ministério da Ciência e Tecnologia, pasta extremamente técnica e sem expressão.

Sabido, visionário e obstinado, Eduardo tentou combinar a herança eleitoral deixada pelo avô com a imagem de amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apoiado nesses dois pilares, fez um guia eleitoral inteligente, ganhou aderência e soube explorar o vácuo aberto no campo da oposição depois do enfraquecimento de Humberto Costa, acusado em plena campanha como um dos principais responsáveis pelo escândalo apelidado de “Máfia dos vampiros”.

Foi resultado de uma operação da Polícia Federal dois anos antes, em 2004, quando Humberto era ministro da Saúde. Segundo se apurou, uma organização criminosa formada por três empresas, criada em 1998, fazia acordos para garantir a divisão do mercado de hemoderivados, envolvendo empresários com funcionários do Ministério da Saúde e parlamentares. O escândalo feriu de morte a candidatura de Humberto, abrindo a porteira para o crescimento inesperado da alternativa Eduardo Campos.

No primeiro turno, o presidente Lula manifestou apoio para os dois candidatos que serviram ao seu Governo – Humberto e Eduardo. Tal posicionamento foi encarado pelos críticos políticos como uma estratégia dos partidos de esquerda para quebrar a hegemonia do ex-governador Jarbas Vasconcelos (PMDB), que apoiava a reeleição de Mendonça Filho (PFL), governador que assumiu o poder após Jarbas renunciar em abril de 2006, para disputar uma vaga de senador, visando a levar as eleições estaduais para o segundo turno.

Eduardo Campos iniciou a campanha eleitoral, de acordo com as pesquisas eleitorais, na terceira colocação. Mas a coligação que apoiava Mendonça Filho utilizou extensivamente denúncias de corrupção que pesavam sob Humberto. Os aliados de Mendonça Filho e Jarbas Vasconcelos acreditavam que os votos dos potenciais eleitores de Humberto poderiam migrar naturalmente para Mendonça.

Afirmavam que, mesmo as eleições sendo levadas para um segundo turno, o candidato Eduardo Campos seria um alvo mais fácil para ser atacado na campanha por causa do seu envolvimento, como secretário da Fazenda, nas operações dos precatórios no último governo de Miguel Arraes. Não contavam que Eduardo e o governo do avô fossem inocentados sobre o caso na justiça, em última instância.

No segundo turno, Humberto Costa, que saiu da campanha do primeiro turno na terceira colocação, manifestou de imediato apoio a Eduardo Campos. O candidato do PSB conseguiu aglutinar em seu palanque quase todas as forças sociais e partidos opositores a Mendonça Filho e Jarbas Vasconcelos. Mendonça Filho, o mais votado no primeiro turno, murchou no segundo turno, a ponto de, abertas as urnas, Eduardo abrir uma frente de mais de 1 milhão de votos. Teve 2.623.297 votos contra 1.390.273 de Mendonça, 65,36% e 34,64% dos votos válidos, respectivamente.

Eduardo, entretanto, não puxou o seu candidato a senador, Jorge Gomes, derrotado por Jarbas Vasconcelos, que teve mais de dois milhões de votos, 56,13% dos votos válidos contra 23,1% de Gomes. Na chegada ao poder, o principal mote do Governo de Eduardo foi a segurança pública. Criou o Pacto pela Vida, programa que reduziu o número de homicídios no Estado, apresentando uma queda de 39,10% desde o seu início.

Além disso, 88 municípios pernambucanos chegaram a uma taxa de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) menor que a média nacional, que é de 27,1 por 100 mil habitantes. A redução também ocorreu com crimes como roubos e furtos. Entre 2007 e 2013, houve uma diminuição de 30,3% neste tipo de delito no Estado. Obstinado, Eduardo criou um sistema de monitoramento do seu governo, dando ênfase ao Pacto pela Vida, programa premiado pela ONU – Organização Das Nações Unidas.

Reeleito em 2010, Eduardo derrotou Jarbas Vasconcelos por mais de 1 milhão de votos, repetindo a façanha na primeira disputa contra Mendonça. Na primeira gestão, além do Pacto pela Vida, referência internacional de sucesso, teve o apoio decisivo do presidente Lula para projetos e obras estruturadoras, como a ferrovia Transnordestina, a Refinaria de Petróleo Abreu e Lima, a fábrica de hemoderivados Hemobrás e a recuperação da BR-101, contribuindo para aumentar a sua popularidade.

Durante a sua gestão, Eduardo também colocou as contas públicas na internet com o Portal da Transparência do Estado, considerado pela ONG Transparência Brasil o segundo melhor do País, entre os vinte e seis estados da federação e o Distrito Federal. Pernambuco cresceu acima da média nacional (3,5% em 2009) e os investimentos foram de mais de R$ 2,4 bilhões em 2009, contra média histórica de R$ 600 milhões/ano. A administração foi premiada pelo Movimento Brasil Competitivo.

Nascido no Recife em 1965, Eduardo Henrique Accioly Campos entrou na faculdade aos 16 anos e formou-se aos 20 como aluno laureado e orador da turma. Começou sua militância política ainda na universidade, como presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade de Economia, em 1985. Em 1986, trocou a possibilidade de um mestrado nos EUA pela participação na campanha que levou Miguel Arraes de volta ao Palácio das Princesas, tornando-se chefe de gabinete, janela aberta para a sua vida pública de extraordinário sucesso.

Na reeleição em 2010, humilhou Jarbas com uma frente superior a 2 milhões de votos – Na disputa pela reeleição em 2010, Eduardo Campos, ao esmagar Jarbas Vasconcelos nas urnas por uma diferença superior a dois milhões de votos, se vingou da derrota histórica sofrida pelo seu avô Miguel Arraes na eleição de 1998, vencida pelo mesmo Jarbas por uma diferença de mais de 1 milhão de votos. Cravou a vitória mais elástica do País. Nunca se viu uma eleição tão festejada. O governador deve ao avô o início da sua carreira política. Ele ocupou cargos de confiança quando Arraes governou Pernambuco (1987-1990 e 1995-1998). Eduardo teve o apoio do presidente Lula, de quem foi ministro da Ciência e Tecnologia até 2005. Em sua campanha, destacou as obras federais, como a refinaria e o estaleiro erguidos no complexo portuário de Suape. Durante a campanha, Eduardo, embalado por uma alta popularidade, prometeu preservar os projetos de sucesso de seu primeiro governo, construiu uma ampla base de apoio (contando inclusive com membros do PSDB, partido não alinhado ao PSB) e associou fortemente sua imagem à do presidente Lula. Seu prestígio, porém, foi atacado diversas vezes pelos adversários durante a disputa. Jarbas, por exemplo, criticou o pessebista por sua atuação durante as enchentes que castigaram Pernambuco em meados do ano, matando dezenas de pessoas e deixando milhares de desabrigados (Eduardo, na época, virou notícia por não haver equipado o Estado com radares capazes de prever grandes tempestades). Também acusou o rival de, quando governador, haver realizado repasses estaduais a prefeitos em troca de apoio político – o que o socialista negou. Com a vitória tranquila nas urnas, o pessebista foi apontado como um dos novos grandes líderes da esquerda no país.

Três novos grandes hospitais, uma revolução nunca vista na área de saúde – Além do bem-sucedido Pacto Pela Vida, Eduardo Campos cumpriu outra grande promessa de campanha: a construção de três grandes hospitais de alta complexidade e reformou os que já existiam. O Miguel Arraes, em Paulista, inaugurado em 15 de dezembro de 2009, foi o primeiro grande hospital de trauma construído na Região Metropolitana do Recife, oferecendo serviços de emergência 24 horas em traumato-ortopedia, clínica médica e cirurgia geral. No ano seguinte, no dia primeiro de julho, foi inaugurado o Hospital Dom Helder, no Cabo de Santo Agostinho, com serviços de clínica médica, cardiologia clínica e cirúrgica e traumato-ortopedia. Um ano depois, em 8 de dezembro, foi entregue o Hospital Pelópidas Silveira, na Zona Oeste do Recife, o primeiro do SUS a oferecer assistência médica nas especialidades de neurologia, neurocirurgia e cardiologia. Fez ainda 14 Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) e 13 escolas técnicas em todas as regiões do Estado. A administração de Eduardo Campos foi reconhecida como uma das mais eficazes do País e premiada pelo “Movimento Brasil Competitivo”. Foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano. Em 2010, por duas vezes ocupou o primeiro lugar no Ranking de Governadores do Instituto Datafolha de Pesquisas, chegando ao índice de 80% de aprovação entre os pernambucanos.

Campanhas majoritárias começaram com uma derrota para prefeito do Recife – A trajetória de Eduardo Campos teve espinhos na largada. Em 1992, disputou na primeira eleição majoritária que disputou, para Prefeitura do Recife, teve um desempenho pífio, ficando em quinto lugar, atrás, respectivamente, de Jarbas Vasconcelos, Humberto Costa, André de Paula e Newton Carneiro. Em 1994, foi eleito deputado federal com 133 mil votos, mas pediu licença do cargo para integrar o Governo de Miguel Arraes, assumindo a Secretaria da Fazenda, ficando no cargo de 1995 a 1998. Neste último ano, voltou a disputar um novo mandato de deputado federal e atingiu o número recorde de 173. 657 votos, a maior votação no Estado. Em 2002, pela terceira vez no Congresso Nacional, ganhou destaque e reconhecimento como articulador do governo Lula nas reformas da Previdência e Tributária. Por três anos consecutivos, esteve na lista do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) entre os cem parlamentares mais influentes do Congresso. No decorrer de sua vida pública no Congresso Nacional, participou de várias CPIs, como a de Roubo de Cargas e a do Futebol Brasileiro (Nike/CBF). Nesta última, atuou como sub-relator, onde denunciou o tráfico de crianças brasileiras para o exterior, fato que teve ampla repercussão na imprensa nacional e internacional. Como deputado federal, Eduardo foi ainda presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Natural Brasileiro, criada por sua iniciativa em 13 de junho de 2000. A Frente teve natureza suprapartidária e representou, em toda a história do Brasil, a primeira intervenção do Parlamento Nacional no setor. Eduardo também foi autor de vários projetos de lei, entre eles, o que prevê um diferencial no FPM para as cidades brasileiras que possuam acervo tombado pelo IPHAN; o do uso dos recursos do FGTS para pagamento de curso superior do trabalhador e seus dependentes; o que tipifica o sequestro-relâmpago como crime no código penal; e o da Responsabilidade Social, que exige do Governo a publicação do mapa de exclusão social, afirmando seu compromisso com os mais carentes.

Absolvido pelo Supremo no Escândalo dos Precatórios – Na Secretaria da Fazenda, Eduardo levou o avô Miguel Arraes a se envolver no Escândalo dos Precatórios, esquema de fraudes com títulos públicos que provocou prejuízos de R$ 3 bilhões aos cofres públicos em Pernambuco e outros Estados, como São Paulo e Santa Catarina. Só em Pernambuco, o rombo foi da ordem de R$ 480 milhões. A CPI dos Precatórios descobriu que Eduardo assinou documentos que permitiram o golpe financeiro e constatou que, como secretário, tinha conhecimento de toda a operação, permitindo o negócio lesivo ao Estado. A papelada descreve como foi criada a fraude em Pernambuco e depois exportada a outros estados com a ajuda do deputado federal Paulo Maluf (PP). O esquema aproveitou uma brecha de uma Emenda Constitucional de 1993. Ela abriu uma exceção para a emissão de títulos destinados ao pagamento das dívidas resultantes de sentenças judiciais. O esquema começava com a emissão de títulos públicos em valores muito acima das dívidas reais. O segundo passo era vender esses papéis supervalorizados com grandes descontos a um banco privado. O terceiro passo era combinar com laranjas a negociação sucessiva dos títulos. Eles realizavam compras e vendas no mesmo dia (operações conhecidas como day trade) a preços crescentes. Isso permitia ganhos imediatos aos participantes, pois quem comprava revendia a um valor maior seguinte da cadeia. Bastava a esse último comprador pagar pelo título menos do que o governo pagaria ao saldar a dívida para ter lucro também. Na negociação dos títulos públicos de Pernambuco, os lucros foram para os doleiros. Como secretário da Fazenda, Eduardo emitiu, entre junho e novembro de 1996, R$ 480 milhões em títulos estaduais. O objetivo alegado era que o governo pernambucano precisava captar dinheiro no mercado para os débitos pendentes. O Banco Vetor foi o primeiro a comprar os títulos, com descontos de quase 50%. A escolha desse banco foi feita sem licitação, sob o argumento da notória especialização. A CPI quebrou o sigilo bancário, fiscal e telefônico de diretores de 24 empresas, cinco bancos e 18 distribuidoras e corretoras. Em dezembro de 2009, o Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN) condenou Eduardo e diretores das corretoras ao crime de infração grave e eles foram proibidos de exercer cargos de direção na administração de instituições fiscalizadas pelo Banco Central como os bancos públicos e privados. Em 2003, no entanto, o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou as denúncias do Ministério Público Federal que responsabilizavam Eduardo Campos e Miguel Arraes no Escândalo dos Precatórios. O parlamentar foi absolvido e não há possibilidade de recurso. No entendimento do STF, a denúncia não apresentou dados suficientes para concluir pela participação do acusado nos crimes apontados no inquérito do Ministério Público.

Antes de morrer numa queda de avião, pondo fim ao sonho de virar presidente, a frase que se eternizou: “Não vamos desistir do Brasil” – Em 2013, já de olho na Presidência da República, animado com a performance de governador mais popular do País, Eduardo anunciou o rompimento com o Governo Dilma, saindo da base aliada junto com seus correligionários, orientando-os a entregarem os cargos de confiança nos vários escalões. Um ano antes, havia testado a sua força, elegendo Geraldo Júlio prefeito do Recife, o que representou o fim da era do PT na gestão municipal da capital, que havia começado por João Paulo em 2001. Geraldo derrotou Humberto, que entrou na disputa após a candidatura de João da Costa ter sido negada pelo PT. No mesmo período, Eduardo se aproximou do antigo adversário Jarbas Vasconcelos e ampliou o leque de alianças com partidos da centro-direita. Entre os motivos do rompimento com Dilma, Eduardo apontou a manutenção da aliança do governo com setores políticos tradicionais, entre os quais com o PMDB, mesmo estando na esfera estadual aliado a Jarbas e de outras forças de centro-direita como o PP (Partido Progressista). Aproximou-se de Marina Silva, a quem convenceu para ser vice na sua chapa ao Planalto, anunciada em abril de 2014. A partir daí, começou a percorrer o País. Convidado a dar uma entrevista ao vivo na bancada do jornal nacional, da TV-Globo, teve um desempenho além da expectativa, deixando uma frase que se perpetuou: “Não vamos desistir do Brasil”. Não sabia Eduardo que seria a última entrevista em vida. A aeronave que decolou com ele e mais cinco pessoas no dia seguinte, saindo do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino à Base Aérea de Santos, em Guarujá, no litoral de São Paulo, arremeteu devido ao mau tempo e, pouco tempo depois, perdeu o contato com o controle de tráfego aéreo, vindo a cair. No acidente, um dia após Eduardo completar 49 anos de idade, também morreram o fotógrafo Alexandre Severo e Silva; o jornalista Carlos Augusto Leal Filho, o Percol, assessor de Imprensa; o deputado federal Pedro Valadares Neto, do PSB de Sergipe; o cinegrafista Marcelo de Oliveira Lyra, e os pilotos Geraldo Magela Barbosa da Cunha e Marcos Martins. Terminava, de forma trágica, o sonho de Eduardo chegar à Presidência da República.

CURTAS

PASSAGEM EXITOSA PELO MINISTÉRIO DE LULA – Em 2004, a convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Eduardo Campos assumiu o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), tornando-se o mais jovem dos ministros nomeados. Em sua gestão, reelaborou o planejamento estratégico, revisou o programa espacial brasileiro e o programa nuclear, atualizando a atuação do órgão de modo a assegurar os interesses do País no contexto global. Em abril do mesmo ano, foi admitido por Lula à Ordem do Mérito Militar no grau de Grande-Oficial especial. Como ministro, também tomou iniciativas que repercutiram internacionalmente, como a articulação e aprovação do programa de biossegurança, que permite a utilização de células-tronco embrionárias para fins de pesquisa e de transgênicos. Também conseguiu unanimidade no Congresso para aprovar a Lei de Inovação Tecnológica, resultando no marco regulatório entre empresas, universidades e instituições de pesquisa. Outra ação importante à frente da pasta foi a criação da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, considerada a maior olimpíada de matemática do mundo em número de participantes.

OS LAÇOS COM O PSB E A FAMÍLIA – Como o avô Miguel Arraes, Eduardo assumiu a presidência nacional do PSB no ano de 2005. Em 2006, licenciou-se da presidência do partido para concorrer ao Governo de Pernambuco, pela Frente Popular. Em 2011, foi reeleito presidente do partido, com mandato até 2014. Foi reconduzido ao cargo por aclamação e sem concorrentes. Eduardo se formou em ciências econômicas na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 1986. Foi colega de turma do então estudante piauiense Firmino Filho, que mais tarde se tornaria prefeito de Teresina. Casou-se com a também economista e auditora do Tribunal de Contas de Pernambuco Renata de Andrade Lima, com quem teve cinco filhos: Maria Eduarda, João Campos, Pedro Henrique, José Henrique e Miguel, o caçula, nascido no dia 28 de janeiro de 2014, com síndrome de Down. Em fevereiro de 2022, sua filha, Maria Eduarda, deu à luz ao primeiro neto. O nome escolhido para a criança foi Eduardo Andrade Lima Campos Alencar. O menino também é neto, pelo lado paterno, do ex-deputado federal Tadeu Alencar.

AMANHÃ TEM PAULO CÂMARA – A série prossegue amanhã trazendo o perfil de Paulo Câmara, que governou o Estado também por dois mandatos, de 2015 a 2023.

Perguntar não ofende: Bolsonaro será preso?

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste, em até cinco dias, sobre a ida do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à embaixada da Hungria, após a retenção dos seus passaportes no inquérito do golpe. Qualquer decisão no caso, como a imposição de medidas cautelares complementares, só será tomada após o parecer da PGR.

A defesa do ex-presidente disse mais cedo, em manifestação ao STF, que a visita foi uma “agenda política” e que não havia motivo para Bolsonaro articular uma fuga porque, àquela altura, sua prisão preventiva era “improvável”. Os advogados argumentaram que, se fosse mandar prender Bolsonaro, o ministro Alexandre de Moraes não teria mandado recolher seus passaportes. As informações são do portal Estadão.

A visita de Bolsonaro à Embaixada da Hungria foi revelada pelo jornal americano The New York Times, o que levantou suspeitas da Polícia Federal. A PF decidiu investigar se o ex-presidente tentou articular uma manobra diplomática para evitar ser preso no inquérito que apura a tentativa de golpe. Os policiais federais querem saber, por exemplo, se a visita à embaixada tem relação com algum pedido de asilo político, o que a defesa nega.

Especialistas avaliam que o ex-presidente pode ser preso preventivamente na investigação se ficar comprovado que ele tentou se antecipar a um eventual mandado de prisão, o que poderia configurar uma tentativa de impedir a aplicação da lei penal. As embaixadas têm o status de território diplomático, o que significa que qualquer decisão judicial, inclusive do STF, precisa de autorização do país que representam para ser cumprida nos limites do prédio.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, recebeu, hoje, o deputado federal pernambucano Luciano Bivar (UB), autor do projeto de lei que cria um ambiente positivo para quem trabalha com seguradoras de imóveis no Brasil. O projeto, sancionado hoje pelo presidente Lula (PT), traz garantias legais tanto para a seguradora quanto para o adquirente de imóveis, dando ao consumidor o direito de ser reparado ou indenizado.

Segundo Bivar, a lei desestimula a indústria de ações de escritórios clandestinos de advocacia, que aproveitavam a falta de uma legislação específica para espoliar o mercado no Brasil. Confira o registro do encontro.